De acordo com a proposta enviada na quarta-feira pelo secretário da Administração Pública, Hélder Rosalino, às três estruturas sindicais da função pública, à qual a Lusa teve acesso, o Executivo prevê a manutenção da redução salarial entre os 3,5 e os 10 por cento em 2013 e a proibição de qualquer subida no rendimento.
Tendo em conta as medidas de contenção da despesa pública em curso, a proposta governamental praticamente limita-se a reafirmar os cortes que estão em vigor no setor público desde o início de 2011, mantendo assim a redução das remunerações totais ilíquidas superiores a 1500 euros, bem como dos subsídios e suplementos remuneratórios.
A proibição de valorizações remuneratórias, na sequência de progressões, promoções, nomeações ou graduações, também é mantida no documento do Governo. Neste âmbito, os funcionários públicos vão continuar sem poder receber prémios de desempenho e continuam interditos os concursos para categorias superiores.
A proposta do Governo contraria as reivindicações feitas pelos sindicatos na primeira reunião com Hélder Rosalino no âmbito deste processo, no passado dia 18 de setembro.
A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) reivindica aumentos entre 2 e 3 por cento para o próximo ano.
Já a Frente Sindical, que integra o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) propõe para 2013 "a reposição dos níveis remuneratórios de 2010" na Administração Pública e a subida do subsídio de refeição de 4,27 para cinco euros.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exige, por seu turno, aumentos salariais de 47 euros por trabalhador para o próximo ano e um aumento do subsídio de refeição de 4,27 euros para 6,5 euros.
Outra exigência da Frente Comum prende-se com a reposição da parte dos salários que foi cortada aos funcionários do Estado em 2011 e 2012, assim como dos subsídios de férias e de Natal deste ano.
Fonte: sicnoticias