quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Governo quer facilitar acordos entre sindicatos e empresas

O governo quer levar ao Congresso Nacional, logo após o fim das eleições municipais, um projeto de lei que dá liberdades aos sindicatos de negociar com as empresas alterações na aplicação das leis trabalhistas definidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A proposta, já em estudo no Palácio do Planalto, exige a instituição de representações sindicais dentro das empresas, formadas para discutir adaptações de normas trabalhistas de acordo com as necessidades específicas de local de trabalho.
Um dos exemplos de alterações admitidas está na reformulação da aplicação das férias de 30 dias. Caso exista consenso entre os sindicatos e as empresas, o Comitê Sindical de Empresa — que precisa estar criado para elaborar a negociação — poderá definir a divisão em até três vezes do período de férias. Este comitê também terá liberdade para definir os períodos de cumprimento da jornada de trabalho, além de outras ações específicas demandadas pelos trabalhadores.
“Não se trata de flexibilizar a lei trabalhista, mas sim de alterar a aplicação da legislação de acordo com a realidade de cada empresa”, explica o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, um dos autores do anteprojeto enviado ao governo.
Ele explica que nenhuma negociação que altere os direitos dos trabalhadores, definidos pela CLT, poderá ser empreendida pelos Comitês Sindicais. Propostas que resultem em reduções salariais ou diminuição do período das férias estão descartadas. Ainda assim, o projeto vem recebendo críticas por apresentar “buracos” que possam resultar na supressão de direitos trabalhistas, principalmente se dirigidas por representações sindicais não tão fortes e nem tão organizadas como a dos metalúrgicos.
“Ainda há muito o que discutir sobre esse projeto uma vez que nem todos os setores têm representações sindicais tão estruturadas como os metalúrgicos, o que pode ser um risco”, afirma o presidente em exercício da Força Sindical, Miguel Torres.
Para Nobre, a criação de Comitês Sindicais dentro das empresas traria um impacto imediato na redução das ações trabalhistas. Segundo o sindicalistas, o Brasil tem mais de 3 milhões anuais de ações, um montante elevado para um país que tem 20 mil sindicatos. “Muito dos problemas que surgem achariam soluções a partir das negociações com as representações sindicais nos locais de trabalho”, afirma Nobre.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Subsídios de férias e de Natal em 2013

Na semana passada, o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, comprometeu-se a divulgar esta terça-feira como vai pagar os subsídios de férias e de Natal em 2013. Afinal, as medidas mais “dolorosas” na área da função pública só serão apresentadas aos sindicatos depois de o ministro das Finanças apresentar as linhas mestras do Orçamento do Estado.

Os sindicatos não receberam qualquer documento e a reunião agendada para a próxima segunda-feira será adiada para 10 de Outubro.

O ministro das Finanças irá dar, na quarta-feira, algumas respostas na conferência de imprensa para apresentar as medidas alternativas à Taxa Social Única (TSU).

“Embora as medidas já tenham sido aprovadas pela Comissão Europeia, o compromisso do Governo era que enviaria um documento esta terça-feira”, reagiu José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

A FESAP lamenta que as medidas sejam apresentadas por Vítor Gaspar antes de serem negociadas com os parceiros e questiona se ainda haverá “espaço de manobra para a negociação”.

Além da questão dos subsídios de férias e de Natal, falta saber como serão feitos os cortes nas pensões acima de 1500 euros e se a idade de reforma dos trabalhadores do Estado vai mesmo aumentar para os 65 anos no próximo ano. Em cima da mesa estarão ainda medidas que permitam reduzir a despesa com a Administração Pública e que permitam compensar o recuo no aumento da TSU.

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